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Foto do escritorThamires Melo

Educação Inclusiva - Altas Habilidades e Deficiência Mental


#pracegover: ícones de pessoas na cor roxa formando um círculo e apenas um destes ícones diferenciado na cor laranja, amarela e vermelha.

ALTAS HABILIDADES

1) Definição

  • Aptidões biopsicológicas acima dos padrões de desenvolvimento culturalmente aceitos e cientificamente reconhecidos para a faixa etária correspondente.

  • Aluno portador de necessidades especiais: apresenta limitações de ordem física (auditiva, visual, mental, motora), psicológica ou emocional, relativamente à sua faixa etária e aos padrões vigentes.

2) Avaliação psicológica de alunos

  • Deve ser feita o mais cedo possível, a fim de atender suas necessidades, capacidades e ajustamento socioemocinal.

  • Contextualizar um planejamento pedagógico e/ou orientação educacional junto a uma equipe multidisciplinar.

  • A avaliação deve ser feita com uma visão sistêmica e global do indivíduo e não apenas sua inteligência superior medida por meio de testes de inteligência (medido de maneira abrangente e multidimensional considerando contexto sócio-histórico e habilidades).

  • Avaliação deve permitir sujeito reconhecer e entender o que se passa consigo mesmo, seu potencial e habilidades para desenvolver-se.

  • É o processo científico, limitado no tempo, realizado por um psicólogo.

  • Procura compreender o indivíduo em sua globalidade, utilizando técnicas de entrevista, de observação e de testes psicológicos.

  • O conjunto de informações obtidas pelo psicólogo junto ao aluno, à escola e à família mapeará as condições cognitivas, sociais e afetivas desse aluno, para conduzir uma melhor qualidade de vida.

  • Metodologia:

  • Entrevista de anamnese com os pais ou responsáveis;

  • Entrevistas com o aluno em que são aplicados testes de inteligência (Raven e WISC-R);

  • Instrumentos que avaliam autoconceito e criatividade (Teste Torrance de Pensamento Criativo);

  • Jogos, brincadeiras, desenhos e produções espontâneas;

  • Visitas à escola e encontros com os professores;

  • Ao término é feita uma entrevista de devolutiva aos pais e professores, que serão orientados sobre o desenvolvimento acadêmico, emocional e social.

  • Testes de Inteligência:

  • Alfred Binet (1857-1911)

  • Inventor do primeiro teste de inteligência;

  • O teste mensurava o desenvolvimento da inteligência de crianças de acordo com a idade mental;

  • Lewis Terman (1877-1956)

  • Estudo de crianças com altas habilidades;

  • Propôs: QI acima de 141 – Genialidade; QI 90 a 109 – Normal.

  • Raven Standard Progressive Matrices

  • Em 2005 foi o teste QI mais usado no mundo.

  • David Wechsler

  • WAIS-III: teste individual mais usado.

  • WISC-III: teste de Q.I individual mais administrado em pessoas de seis a dezesseis anos.

  • Propôs: QI acima de 127 – Superdotação; QI 91 a 110 – Normal.

3) O papel da família

  • A maior preocupação está no descompasso entre desenvolvimento intelectual avançado e o emocional, compatível com a faixa etária.

  • A família deve acompanhar o desempenho do aluno no contexto educacional.

  • Oferecer atendimento às suas necessidades.

  • Receber orientação no processo adaptação às circunstâncias.

4) O papel da escola

  • O professor é o principal agente pedagógico.

  • A identificação das altas habilidades deve iniciar na sala de aula.

  • O professor pode realizar suas observações e anotações para estimulá-los e facilitar o desenvolvimento.

  • Descobrir o interesse do aluno consiste na questão central para torná-lo motivado, para que demonstre seu potencial e sua criatividade.

  • Possibilitar ao aluno a socialização com os colegas de classe.

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL

1) Definição

  • Funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média (escore em testes de inteligência inferior a 85).

  • Falhas no comportamento adaptador (independência e responsabilidade social esperado para o grupo etário e cultural).

  • Apresentam lentidão no uso da memória, associação e classificação de informações, raciocínio e julgamentos adequados.

  • Alfred Binet classifica as crianças deficientes mentais pelo QI em quatro categorias: idiota, imbecil, débil e retardada.

  • A definição modifica-se ao mencionar o fator adaptabilidade:

  • Comportamento adaptador: fatores externos à criança, que consistem no quadro ambiental em que o sujeito se desenvolve (se um determinado ambiente cria mais condições do que outro).

  • Autores concordam que o comportamento adaptador das crianças deficientes mentais pode ser influenciado por treinamento.

  • É possível minimizar a deficiência mental e até a incapacidade educacional por meio de uma programação educacional ou modificações no ambiente social do sujeito.

2) Classificação

  • Os testes de inteligência que irão determinar seu grau.

  • Não pode ser reduzido a um número expresso em QI.

  • David Wechsler avalia pelo QI:

  • QI 100 está na média;

  • QI acima de 100 são superdotados;

  • QI abaixo de 100 são infradotados.

  • A forma de avaliação postulada por Binet e Wechsler provocou críticas de vários autores contemporâneos (Piaget, Vygotsky, Luria, Sternberg, Feuerstein, entre outros).

  • Forma mais atual de avaliar DM é proposto por três parâmetros:

  • Grau de deficiência determinados pelo QI ou estádios piagetianos.

  • As dificuldades na conduta adaptativa.

  • O grau de educabilidade (educáveis e treináveis) que determinam as possíveis ações ou intervenções psicopedagógicas.

  • Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV):

  • DM é um transtorno generalizado do desenvolvimento;

  • Caracterizado por ter um funcionamento intelectual geral significativamente inferior à média;

  • Estar ligado a déficits significativos no funcionamento adaptativo;

  • Ter início antes dos dezoito anos de idade.

  • Deficiente mental leve

  • Corresponde a 85% de toda a população com DM.

  • São conhecidos como educáveis e na infância, desenvolvem habilidades sociais e comunicação.

  • Poucas dificuldades sensório-motoras.

  • Não são diferenciados de outras crianças até em idades mais avançadas.

  • Conseguem atingir até a sexta série do ensino.

  • Deficiente mental moderado

  • Corresponde a 10% de toda a população com DM.

  • São conhecidos como “treináveis”.

  • Podem aprender a falar e a se comunicar.

  • Dificilmente passarão da segunda série.

  • Deficiente mental grave

  • Corresponde a 3 a 4% da população DM.

  • Dificuldade desenvolvimento motor

  • A compreensão e expressão da linguagem se desenvolvidas serão pequenas.

  • Podem adquirir hábitos de higiene básica.

  • Possuem prejuízo nas áreas da alfabetização e matemática.

  • Deficiente mental profundo

  • Corresponde a 1 a 2% da população DM.

  • Têm um funcionamento sensório-motor mínimo.

  • Exigem cuidados até o fim da vida.

3) Causas

  • Infecção ou intoxicação;

  • Trauma ou agente físico;

  • Metabolismo ou nutrição;

  • Doença cerebral grave;

  • Influência pré-natal desconhecido;

  • Anomalia cromossômica ou genética;

  • Distúrbios da gestação;

  • Retardo recorrente de distúrbio psiquiátrico;

  • Influências ambientais;

  • Distúrbios genéticos específicos

  • Síndrome de Down: leva o sujeito à deficiência mental moderada ou leve, com dificuldades de aprendizagem. Pode ser global (todas as células afetadas) ou mosaico (algumas células afetadas).

  • Fenilcetonúria: leva ao retardo mental grave, traz dano severo ao cérebro em formação.

  • Fatores teratogênicos (relacionados ao ambiente)

  • Intrínsecos: incidência da Síndrome de Down na família e idade avançada dos pais;

Extrínsecos: Irradiações, Doenças maternas, álcool, chumbo (tinta de parede).

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