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Foto do escritorThamires Melo

Educação Inclusiva - Deficiência Física e Motora


#pracegover: fotografia de bailarinos cadeirantes sorrindo, com roupas coloridas, formando uma pose, aparentando estarem num palco de teatro.

DEFICIÊNCIA FÍSICA

1) Definição

  • Disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou dois membros: superiores, inferiores ou ambos.

  • Paralisia: perda da capacidade de contração muscular voluntária por interrupção funcional ou orgânica na via motora (do córtex cerebral até o próprio músculo). É quando todos os movimentos em tais proporções são impossíveis.

  • Paresia: movimento que está limitado ou fraco. A motilidade se mostra num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, à precisão do movimento, amplitude e à resistência muscular localizada.

2) Classificação das paralisias

  • Monoplegia: um membro é afetado, é raro.

  • Diplegia: membros superiores afetados.

  • Paraplegia: membros inferiores afetados, resultante de lesão medular torácica ou lombar, altera a função medular e produz além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.

  • Hemiplegia: membros do mesmo lado são afetados.

  • Triplegia: três membros são afetados, é raro.

  • Tetraplegia/quadriplegia: todos os membros são afetados, apresenta lesões na sexta e sétima vértebra.

3) Causas

  • Paralisia cerebral: deficiência da função motora devido a uma lesão cerebral no momento do parto. A criança pode apresentar níveis de mobilidade e ter sua vitalidade e aparência física comprometidas. (prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, subnutrição).

  • Hemiplegias: Por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral e outras.

  • Lesão medular: por ferimento de arma de fogo, arma branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas, traumatismos diretos, quedas, processos infecciosos, processos degenerativos, entre outros.

  • Amputações: causas vasculares, traumas, malformações congênitas, causas metabólicas, outras.

  • Distrofia muscular: fraqueza progressiva e atrofia dos músculos do esqueleto. Afeta a mobilidade, vitalidade física e aparência comum (autoimagem).

  • Malformação congênita: Presente no nascimento, qualquer defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento por causa genética, ambiental ou multifatorial.

  • Programação genética imperfeita;

  • Fatores ambientais alteraram a formação.

DEFICIÊNCIA MOTORA

1) Definição

  • É o resultado da maturação de alguns tecidos nervosos, aumento do tamanho e complexidade do sistema nervoso central (SNC), crescimento de ossos e músculos.

  • A aquisição das habilidades motoras básicas ocorre com uma sequência previsível de desenvolvimento, apesar da diversidade devido aos fatores socioculturais.

  • Existem situações em que a variabilidade ultrapassa o limite normal, adquirindo características de desvio, chamada deficiência motora.

  • É um atraso excessivo (desordem orgânica) na aquisição de habilidades motoras básicas. As razões dessa condição são múltiplas, e seus processos, particulares.

  • A criança pode ter aprendido as habilidades motoras básicas, entretanto, sua reconstrução na forma de habilidades funcionais que permitam interagir plenamente com seu ambiente natural e social, não ocorreu.

  • Na década de 80 essa deficiência passou a ser Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).

  • De acordo com DSM-IV podemos classificar o TDC pelos seguintes sintomas:

  • Comprometimento do desempenho de atividades diárias tendo por base a idade cronológica e a inteligência;

  • Propensão para deixar cair objetos;

  • Baixo desempenho em atividade desportiva;

  • Grafia insatisfatória;

  • Rendimento escolar afetado significativamente;

  • Fraco desempenho de rotinas diárias.

  • Transtorno específico do desenvolvimento motor

  • Comprometimento grave do desenvolvimento da coordenação motora;

  • Não atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou afecção neurológica específica, congênita ou adquirida;

  • Sinais que evidenciam imaturidade acentuada do desenvolvimento neurológico;

  • CID-10 o Transtorno Específico do Desenvolvimento da Função Motora

  • Principal característica é o grave comprometimento da coordenação motora;

  • Não está diretamente ligada ao retardo intelectual global ou a qualquer transtorno neurológico, congênito ou adquirido;

  • Compromete a execução de tarefas cognitivas viso espaciais e resulta em dificuldades no desempenho acadêmico, sociais e emocionais;

  • A ausência de sinais neurológicos clássicos leva a uma atitude de incredulidade diante do problema, negligenciando-se a sua existência ou a crença de recuperação do estado de dificuldade motora.

2) Estudo do desenvolvimento motor:

  • Área médica: investigar determinantes que levam à ocorrência do problema.

  • Antecedentes ou fatores presentes nos momentos iniciais da vida;

  • Condições do nascimento (peso, idade de gestação, asfixia perinatal);

  • Condições do recém-nascido durante as primeiras semanas;

  • O desenvolvimento até o início da escolarização.

  • Área psicopedagógica: investiga o impacto do TDC, nos primeiros anos escolares, sobre o futuro escolar durante a adolescência.

  • Em ambas as áreas os autores são unânimes em afirmar que as crianças portadoras de TDC não se recuperam de seus transtornos motores espontaneamente.

  • Pode haver diminuição natural com o passar dos anos, mas não a sua eliminação.

  • Levando-os a receber rótulos ou apelidos e a um comprometimento de sua autoestima.

  • Por isso o professor deve estar atento a fim de realizar diagnósticos, fazer encaminhamentos e propor atividades pedagógicas direcionadas às dificuldades da criança.

3) Intervenção Educacional

  • No momento em que nasce uma criança com deficiência, ocorre na família, em especial com os pais, uma “morte simbólica”.

  • Os projetos e as fantasias sobre o bebê precisam ser reelaborados e novas perspectivas construídas.

  • Nem sempre os pais estão preparados, por isso é necessário o apoio teórico-afetivo de uma equipe especializada (médicos, psicólogos, pedagogos, etc).

  • Atitudes de ansiedade e angústia do meio familiar e reações de curiosidade, piedade e rejeição do meio social, podem acarretar uma fragilidade afetiva na criança.

  • A criança começa seu percurso vital com grande defasagem em relação às outras consideradas “normais”, pois quando a área motora ou sensorial não se desenvolve, outras áreas podem ser afetadas.

  • Os objetivos de intervenção pedagógica tanto escolar como familiar:

  • Dotar a criança de máxima independência pessoal, mediante o desenvolvimento físico;

  • Proporcionar à criança meios de expressão eficientes;

  • Favorecer a criação de hábitos de estudo e trabalho;

  • Oferecer uma sólida formação humanística integral;

  • Impulsionar a capacidade de expressão por meio da criação artística;

  • Preparar a criança para o exercício responsável da liberdade.

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